MDA cria selo para identificar produtos da agricultura familiar

A partir desta safra, alimentos produzidos por agricultores familiares chegarão ao consumidor identificados com o Selo da Agricultura Familiar, instituído no último dia 22 de julho, durante o lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar 2009/2010. Por meio de portaria assinada pelo ministro Guilherme Cassel, o Selo será concedido, pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), a partir da adesão voluntária dos produtores.

“Além de valorizar a produção agrícola familiar, o Selo permitirá que o consumidor tenha acesso a alimentos de qualidade produzidos em um meio rural mais justo e por meio de uma produção sustentável”, afirmou o ministro.

O Selo da Agricultura Familiar terá validade de cinco anos e será concedido para a identificação de produtos como verduras, legumes, polpas de frutas e laticínios, entre outros. Além de garantir mais informações e segurança alimentar ao consumidor, o Selo deverá estimular a economia nacional a partir da ampliação da comercialização de produtos da agricultura familiar.

De 2002 até este ano, os recursos financeiros para a Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) aumentaram 531%, passando de R$ 2,38 bilhões para R$ 15 bi.“O governo trabalhou para promover o fortalecimento social do Pronaf. Agora, o objetivo é aprimorá-lo economicamente por meio de instrumentos como o Selo da Agricultura Familiar”, destaca o diretor do Departamento de Geração de Renda e Agregação de Valor da Secretaria de Agricultura Familiar (SAF) do MDA, Arnoldo de Campos. “Medidas como essa também resultam na geração de empregos e numa relação mais equilibrada entre a agricultura e o meio ambiente”, completa.O principal critério para adesão ao Selo estabelece que 51% da principal matéria-prima do produto tenha origem na agricultura familiar, setor que responde por 70% dos alimentos que chegam diariamente à mesa dos brasileiros. “Os agricultores com Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) também terão direito automático ao Selo”, explica Arnoldo de Campos.

UMA NOVA HISTÓRIA

16 de maio de 2007, EDR/Cati de Bragança Paulista. Data e local da assembléia de fundação da Cooperativa de Produtores Rurais Entre Serras e Águas. Uma noite em que começou a ser escrita uma nova fase da história de cada um dos 24 sócios-fundadores. Para muitos, os antigos na labuta diária na roça, a certeza de que, dali para diante, seriam mais fortes na luta por mais dignidade. Para outros, a concretização de um sonho, a finalização de uma parte da tarefa, uma batalha vencida.
Tudo porque, muito antes de o Sindicato dos Bancários de Bragança Paulista e Região resolver dar suporte para a formação de uma cooperativa de produtores familiares, ela já morava nos pensamentos de muitos deles, há tempos.Foram muitas e muitas reuniões, noites e dias de dedicação, para que o estatuto, elaborado, com apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem de Cooperativismo (Sescoop), realmente contemplasse os anseios dos corajosos empreendedores.Bragança Paulista, Tuiuti, Vargem, Pedra Bela, Pinhalzinho, Joanópolis, Piracaia, Nazaré Paulista, Bom Jesus dos Perdões, Atibaia e Extrema (MG). São estes os municípios por ora abrangidos pela cooperativa.
Os produtos? Tudo o que for produzido na roça, de verduras e legumes até farinhas e artesanato, tudo o que nasça das mãos e do coração de quem tenta construir uma vida digna em parceria com a natureza.Agora, só falta a parceria do consumidor consciente, que só precisa optar por participar da construção de uma sociedade mais justa.
Adquirir produtos de cooperativas significa melhorar a renda e a qualidade de vida no campo, ajudar a conter o êxodo rural, a reduzir o desemprego na Zona Urbana e criar condições para que os cidadãos tenham acesso a produtos frescos, de melhor qualidade e a preços mais justos, para consumidores e para o homem do campo.
Adquirir produtos da Cooperativa Entre Serras e Águas significa fortalecer a região e melhorar a qualidade de vida de todos os que vivem aqui.